Cerca de 70 mil pessoas, segundo a Guarda Urbana, marcharam neste sábado (4) no centro de Barcelona em defesa da causa palestina e pela interrupção das vendas de armamento a Israel. A mobilização marca o terceiro grande ato na capital catalã desde a interceptação, na quinta-feira (2), de uma flotilha humanitária que seguia para a Faixa de Gaza.
O cortejo avançou atrás de uma faixa vermelha com os dizeres “Paremos o genocídio na Palestina. Chega de comércio de armas com Israel”, enquanto os manifestantes entoavam frases como “Boicotemos Israel!” e “Palestina livre!”. Mais de 600 entidades e sindicatos assinaram a convocação.
“Há muitos anos a política de Israel não está correta e precisamos ocupar as ruas”, afirmou a aposentada Marta Carranza, 65 anos, que carregava uma bandeira palestina. Ela lembrou que a detenção da flotilha, cuja partida de Barcelona ocorreu no início de setembro, motivou a ampliação dos protestos.
O ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares, informou em entrevista à televisão estatal que cerca de 50 espanhóis estão entre os tripulantes detidos em Israel. A Espanha tem sido uma das vozes europeias mais críticas à ofensiva israelense em Gaza, iniciada após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Para o professor Jordi Bas, 40 anos, a presença maciça nas ruas demonstra solidariedade internacional: “É a única coisa que pode dar um pouco de coragem à população palestina”.
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Além de Barcelona, atos similares foram programados para outras cidades, incluindo Madri. Na capital espanhola, em 14 de setembro, cerca de 100 mil manifestantes pró-Palestina interromperam a etapa final da Volta da Espanha, levando ao encerramento antecipado da prova de ciclismo.
Com informações de UOL Notícias / RFI
