A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) determinou, na noite de segunda-feira (22), a prisão do consultor Rubens Oliveira Costa, 57 anos, ex-diretor financeiro de empresas associadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. A CPMI também expediu mandado de prisão para Thaisa Hoffmann Jonasson, esposa do ex-procurador do INSS Virgilio Ribeiro de Oliveira Filho.
A sessão, iniciada à tarde, foi marcada por sucessivas advertências ao depoente. Logo no começo, Costa relutou em assinar o compromisso de dizer a verdade, mas acabou convencido pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a fazê-lo, resguardando-se apenas em perguntas que pudessem incriminá-lo.
Acusações e pedido de prisão
Durante o interrogatório, o relator deputado Alfredo Gaspar (União-AL) afirmou que, como procurador das empresas, Rubens Costa movimentou mais de R$ 350 milhões em contas que recebiam recursos de aposentadorias. Gaspar argumentou que o valor “demonstra capacidade de manter a impunidade” e sugeriu a prisão cautelar por suspeita de obstrução das investigações.
Por volta de 20h25, o vice-presidente da CPMI, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), apontou uma série de contradições no depoimento, citando horários exatos em que Costa teria alterado versões sobre relação com as empresas ACCA, Prospect, Brasília Consultoria, Plural e ACDS, além de negar e depois admitir saques de dinheiro e vínculos societários com o ex-dirigente do INSS Alexandre Guimarães.
Próximos passos
Após o término da sessão, Costa foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde deve permanecer até audiência de custódia que fixará eventual fiança. A situação de Thaisa Hoffmann Jonasson seguirá o mesmo trâmite.

Imagem: Internet
Além de ligações com o “Careca do INSS”, Rubens Costa também figura como diretor de empresas vinculadas a Thaisa Hoffmann Jonasson e mantinha sociedade com Alexandre Guimarães, apontados pela CPMI como integrantes do esquema de desvios de benefícios previdenciários.
Com informações de G1