O plano de cessar-fogo para a Faixa de Gaza prevê a soltura de 250 palestinos detidos em prisões israelenses, mas o Hamas quer incluir seis figuras de destaque nesse grupo. Israel, porém, descarta liberar esses nomes, apontados como ameaça direta à sua segurança.
Quem são os seis prisioneiros requisitados
O movimento islâmico insiste na libertação de:
Marwan Barghouti, ex-líder do Fatah e apontado como potencial futuro presidente palestino;
Abdullah Barghouti, conhecido como “engenheiro” do Hamas;
Ibrahim Hamed, descrito por Israel como seu detento mais perigoso;
Ahmad Sa’adat, secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina;
Abbas al-Sayyid e Hassan Salameh, ambos integrantes do Hamas.
A libertação desse grupo seria uma vitória simbólica para o Hamas, que costuma colocar esses mesmos nomes sobre a mesa sempre que negocia trocas de prisioneiros com Israel.
Posição israelense
Autoridades israelenses rejeitam qualquer possibilidade de soltar os seis detentos. Questionado por jornalistas, um porta-voz de Israel afirmou que “neste momento, Marwan Barghouti não fará parte da liberação”.

Imagem: Internet
Contexto das negociações
Marwan Barghouti, condenado em 2002 a cinco penas de prisão perpétua, é visto como liderança política de peso na Cisjordânia. Sua eventual soltura poderia alterar o cenário interno palestino.
O impasse ocorre no mesmo dia em que o Hamas declarou o fim da guerra em Gaza, dizendo ter recebido garantias dos mediadores e do governo dos Estados Unidos para um acordo de paz.
Com informações de UOL