Bruxelas, 11 de novembro de 2025 – A Comissão Europeia estuda transformar em lei a recomendação de 2020 que orienta os países-membros a substituírem, gradualmente, equipamentos das chinesas Huawei e ZTE em redes 5G e de próxima geração.
De acordo com fontes ouvidas pela agência Bloomberg, a vice-presidente da Comissão, Henna Virkkunen, prepara proposta que tornaria obrigatória a retirada de fornecedores classificados como “de alto risco”. Caso a medida avance, governos que não cumprirem as exigências poderão responder a processos de infração e sofrer sanções financeiras.
O plano também inclui limitar a participação de fabricantes chineses em projetos de fibra óptica, num momento em que a União Europeia acelera a expansão da banda larga.
Huawei e ZTE foram procuradas, mas não comentaram.
Contexto de segurança
A iniciativa ocorre em meio a esforços do bloco para reduzir a influência chinesa em infraestrutura considerada crítica. Em 2024, o governo alemão anunciou que, a partir de 2026, proibirá componentes essenciais de Huawei e ZTE. A Finlândia, por sua vez, estuda ampliar a restrição a equipamentos chineses em suas redes 5G.

Imagem: Getty
Nos últimos anos, os Estados Unidos convenceram aliados europeus, como Reino Unido e Suécia, a restringir ou banir a utilização de produtos da Huawei, alegando risco de espionagem e possível interrupção de comunicações estratégicas.
Com informações de TechCrunch







