O sócio-gerente da Sequoia Capital, Roelof Botha, declarou que o mercado de venture capital não deve ser encarado como uma classe de ativos tradicional. A afirmação foi feita nesta segunda-feira, 27 de outubro de 2025, durante o evento TechCrunch Disrupt 2025, em São Francisco.
“Investir em venture é um risco sem retorno”, disse Botha no palco principal. Ele explicou que, diferentemente de outras aplicações financeiras, os investimentos em startups não apresentam correlação previsível com as demais classes de ativos, o que torna inadequada a simples alocação percentual de portfólio recomendada por alguns gestores.
Para o executivo, aumentar o volume de capital disponível no Vale do Silício não resulta, necessariamente, em mais empresas de destaque. “Há apenas um número limitado de companhias que realmente importam. Colocar mais dinheiro no setor dilui a qualidade e dificulta o florescimento desses poucos negócios especiais”, afirmou.
Crescimento do número de fundos
Botha observou que hoje existem cerca de 3.000 fundos de venture capital nos Estados Unidos, contra aproximadamente 1.000 em 2003, quando ingressou na Sequoia. Naquela época, segundo ele, não havia dispositivos móveis, a computação em nuvem ainda não existia e apenas 300 milhões de pessoas tinham acesso à internet.
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Mesmo com a expansão do mercado, o sócio da Sequoia acredita que os resultados não escalarão apenas com a injeção de mais recursos. Ele citou que, nos últimos 20 anos, o setor registrou cerca de 380 investimentos que geraram retornos superiores a US$ 1 bilhão, mas avaliou que esse número não deve crescer na mesma proporção se a estratégia continuar baseada apenas em volume de capital.
Com informações de TechCrunch
