Cientistas da Mejo University anunciaram, em 30 de outubro de 2025, a fabricação dos menores e mais densos fios de nanocarbono já obtidos. As estruturas abrigam um número inédito de cadeias lineares de carbono (LLCCs), forma considerada uma das mais fortes e eficientes na condução de calor.
O grupo partiu de nanotubos de carbono de parede simples com extremidades abertas. Essas estruturas foram mergulhadas em uma solução de n-hexano contendo moléculas purificadas de poliacetileno (poliyne C2nH2). Depois de 24 horas a 80 °C sob pressão, as moléculas se alojaram no interior dos nanotubos. Em seguida, os tubos preenchidos passaram por aquecimento a 700 °C em alto vácuo, etapa que transformou o poliyne em longas cadeias de carbono.
Medições por espectroscopia Raman confirmaram tanto a inserção do material precursor quanto sua conversão em nanofios. O estudo registrou razão L-band/G-band de 3,6, índice que evidencia a maior concentração de LLCCs já relatada.
Os diâmetros variaram de 0,73 a 0,77 nm, inferiores aos 0,9 nm observados em trabalhos anteriores. Segundo o líder da pesquisa, o resultado decorre do uso de moléculas precursoras mais finas, com dimensão próxima ao diâmetro de van der Waals dos átomos de carbono.
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Além de superar o desafio de estabilidade das LLCCs, a técnica abre caminho para investigar experimentalmente propriedades mecânicas e térmicas previstas teoricamente como superiores às de qualquer outro material conhecido. A equipe espera que o avanço impulsione aplicações em nanotecnologia, sensores e dispositivos de armazenamento de energia.
Com informações de Nanowerk
