A MoEngage, plataforma de engajamento de clientes utilizada por marcas em 75 países, recebeu um novo investimento de US$ 100 milhões em sua Série F. A rodada foi liderada pela Goldman Sachs Alternatives, que já era acionista, e contou com a entrada do fundo indiano A91 Partners como co-líder.
Do total captado, cerca de 60% representam novos recursos para o caixa da empresa (primário), enquanto os 40% restantes correspondem à venda de ações de investidores e colaboradores (secundário). Com o aporte, a startup soma aproximadamente US$ 250 milhões levantados desde a fundação, há 11 anos.
Foco em IA e crescimento fora da Ásia
Fundada em 2014, a MoEngage concentrou-se inicialmente em Índia e Sudeste Asiático. Nos últimos quatro anos, ampliou presença nos Estados Unidos, que hoje respondem por mais de 30% da receita. Europa e Oriente Médio representam 25%, e Índia e Sudeste Asiático, 45%.
A companhia pretende usar os recursos para fortalecer a presença global e acelerar o desenvolvimento do Merlin AI, suíte que reúne agentes de inteligência artificial voltados a marketing. As ferramentas auxiliam na criação automática de textos, geração de imagens, segmentação de público, escolha de canais e definição de horários de envio de campanhas.
Base de clientes e resultados financeiros
Mais de 1.350 marcas utilizam a plataforma, entre elas SoundCloud, McAfee, Kayak, Domino’s, Deutsche Telekom e Travelodge, além de empresas indianas como Swiggy, Flipkart, Ola, Airtel e LIC. Cerca de 60% da receita vem de empresas tradicionais e 40% de negócios digitais.
Segundo o cofundador e CEO, Raviteja Dodda, a startup cresceu cerca de 40% em 2023 e busca manter taxa composta anual de 35% nos próximos três anos. A expectativa é atingir EBITDA ajustado positivo por trimestre até o fim do atual ano fiscal.
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Concorrência e planos futuros
No mercado, a MoEngage compete com nomes como Braze, CleverTap e as suítes de marketing de Adobe, Oracle e Salesforce. O time atual de 800 funcionários, distribuídos em 15 escritórios, deverá aumentar, especialmente nas áreas de sucesso do cliente, suporte, vendas e marketing na América do Norte e Europa.
A empresa planeja ainda intensificar a contratação de especialistas em IA e se prepara para estar apta a um IPO dentro de “um ou dois anos”, segundo Dodda, sem divulgar data precisa.
Com informações de TechCrunch
