O remake em HD de Dragon Quest I & II, desenvolvido pela Square Enix em parceria com a Artdink, recebeu avaliação detalhada no site GameSpot. A nova edição reúne os dois primeiros capítulos da chamada “trilogia de Erdrick” com visual HD-2D — combinação de sprites 2D e cenários 3D —, além de trilha orquestrada e ajustes de jogabilidade.
O que mudou
A atualização visual inclui palácios com reflexos detalhados, cavernas cheias de elementos animados e artes de pixel individuais para cada item encontrado. Entre as melhorias de mecânica estão minimapa, habilidades inéditas, maior variedade de inimigos, indicação do próximo objetivo e uso irrestrito do feitiço de teletransporte Zoom. Todos esses recursos podem ser ativados ou desativados no menu para aproximar ou facilitar a experiência original.
Dragon Quest I: melhorias não evitam sensação de desgaste
No primeiro jogo, ainda focado em um único herói, o protagonista ganhou novos feitiços e golpes para compensar a ausência de aliados. Foram adicionados personagens coadjuvantes — como a Guarda Real de Tantagel —, vilarejos de fadas e anões e chefes extras. Apesar disso, o reviewer avalia que as novidades alongam excessivamente a campanha e não criam laços fortes com os novos NPCs, provocando momentos de tédio, principalmente nas fases finais, onde um golpe crítico inimigo pode forçar recarregamentos frequentes.
Dragon Quest II: expansão de equipe aumenta carisma e estratégia
O segundo título, que já utilizava sistema de grupo, recebeu uma nova integrante: a Princesa de Cannock, descrita como uma híbrida de ladina e maga. Os diálogos entre os membros dão mais personalidade à história, e a presença extra altera o equilíbrio dos combates, embora chefes desafiadores ainda exijam planejamento. Mesmo com alguns trechos considerados “inflados”, a avaliação conclui que Dragon Quest II é o ponto alto do pacote.
Localização gera incômodo
A escolha de utilizar inglês arcaico, com “thee”, “thou” e terminações “-eth”, tenta remeter às versões de NES, mas foi considerada cansativa depois de poucas horas.
Imagem: Heidi Kps
Veredito do review
O texto ressalta que, apesar de momentos divertidos — sobretudo em Dragon Quest II —, o conjunto fica atrás de lançamentos recentes da franquia, como Dragon Quest III HD e Dragon Quest XI. Ainda assim, o remake oferece outra dose do estilo clássico de RPG por turnos para quem busca revisitar ou conhecer as origens da série.
Com informações de GameSpot


