Peacehaven (Reino Unido) – O britânico Mark Ward, 55 anos, lançou o livro de memórias “Bleeding Fabulous”, no qual relata como contraiu HIV aos 14 anos após receber tratamento para hemofilia com produtos sanguíneos contaminados na década de 1980.
Morador de Peacehaven, em East Sussex, Ward afirma que decidiu escrever a obra no início da pandemia de Covid-19, temendo não sobreviver a mais uma ameaça à saúde. “A Covid era outra doença que podia me matar e me levou de volta aos anos 80. Quis contar minha história com minhas próprias palavras caso eu não escapasse”, disse.
O ativista destaca que busca dar voz às vítimas que morreram no escândalo do sangue infectado. “Sempre senti a obrigação de falar por quem teve a voz silenciada. Quero que meu legado seja proteger a próxima geração, e o livro fará parte disso”, afirmou.
Nascido em Hertfordshire e vivendo em Sussex desde 2004, Ward fundou o serviço de apoio Haemosexual e tornou-se o primeiro embaixador LGBTQ+ da Haemophiliac Society. Ele integra o grupo de mais de 30 000 pessoas no Reino Unido infectadas por HIV ou hepatite C após receber produtos de sangue contaminado nos anos 1970 e 1980; cerca de 2 900 morreram.
Em outubro de 2024, a chanceler Rachel Reeves anunciou que o governo reservou 11,8 bilhões de libras para indenizar as vítimas.
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Richard, companheiro de Ward, disse que a repercussão do livro tem sido positiva. “Algumas mensagens que Mark recebeu foram realmente impressionantes”, comentou.
Com informações de BBC News


