Um grupo da Julius-Maximilians-Universität Würzburg (JMU), na Alemanha, apresentou o menor pixel emissor de luz já produzido, com apenas 300 x 300 nanômetros. O resultado foi divulgado em 24 de outubro de 2025 na revista Science Advances e é assinado pelos professores Jens Pflaum e Bert Hecht.
O novo elemento, voltado para aplicações em óculos de realidade aumentada, emite luz laranja com o mesmo brilho de um pixel OLED convencional de 5 x 5 micrômetros. Nessa escala, um visor com resolução de 1.920 x 1.080 pontos caberia em uma área de aproximadamente 1 milímetro quadrado, possibilitando a integração em hastes de óculos ou outros dispositivos vestíveis.
Como funciona
O pixel utiliza uma antena óptica metálica de ouro, responsável tanto pela injeção de corrente quanto pela amplificação da luz gerada em uma pilha orgânica emissora. Para evitar a concentração de corrente nos cantos da nanoantena — problema que poderia causar curtos-circuitos —, os pesquisadores acrescentaram uma camada isolante especialmente fabricada. Esse isolamento deixa exposta apenas uma abertura circular de 200 nanômetros no centro, garantindo distribuição uniforme do campo elétrico e operação estável.
Mesmo em testes em ambiente aberto, os primeiros nanopixels permaneceram funcionais por duas semanas, segundo Hecht. A eficiência inicial é de cerca de 1%, e a equipe trabalha agora para elevar esse índice e ampliar a emissão para toda a gama RGB.
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Com a tecnologia madura, os cientistas preveem telas e projetores quase invisíveis, capazes de se integrar a armações de óculos ou até lentes de contato, abrindo caminho para uma nova geração de dispositivos de realidade aumentada e virtual.
Com informações de Nanowerk
