Rafael Marcell Dias Simões, conhecido como Jaguar, entregou-se na madrugada de sexta para sábado (20) à Delegacia Sede de São Vicente, na Baixada Santista. Ele é apontado como um dos participantes do assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, ocorrido na segunda-feira (15).
Jaguar é o terceiro suspeito detido pela Polícia Civil. Outros quatro investigados continuam foragidos. A Justiça havia decretado sua prisão temporária na sexta-feira (19), o que motivou a apresentação voluntária, segundo a defesa.
O ex-delegado foi morto a tiros após sair de carro da Prefeitura de Praia Grande, onde exercia o cargo de secretário de Administração. De acordo com a investigação, três atiradores participaram da execução, e a polícia apura se Jaguar estava entre eles.
Em depoimento, o suspeito negou envolvimento e alegou que, no horário do crime, buscava a filha na escola e registrava ponto no trabalho. O advogado, Adonirã Correia, afirma possuir documentos que comprovariam o álibi.
Com antecedentes por roubo, sequestro e tráfico de drogas, Jaguar é apontado pela polícia como integrante do PCC, facção que foi alvo de operações coordenadas por Ruy Ferraz quando ele comandava a corporação. A possível retaliação é investigada como motivação do homicídio.
Além de Jaguar, a polícia já prendeu Luiz Henrique Santos Batista, o Fofão, suspeito de ajudá-lo na fuga, e Dahesly Oliveira Pires, investigada por ocultar a arma usada no crime.

Imagem: Internet
A Justiça também decretou a prisão de Willian Silva Marques, proprietário de uma residência em Praia Grande onde os criminosos teriam se reunido antes do ataque. Ele e outros três suspeitos seguem procurados. A defesa de Willian afirma que ele não possui relação com o caso e diz estar à disposição das autoridades.
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes chefiou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022 e era considerado especialista no combate ao crime organizado.
Com informações de G1 – Jornal Nacional







